Artigo

Sentir o Natal

Nesta quadra sentimos o amor no ar, em todo o lado vemos alguém feliz, a sentir-se contente por oferecer uma prenda a alguém. Contudo, será que essas pessoas estarão a distribuir nessas prendas o verdadeiro sentido do Natal?

Se pensarmos bem, para que servem as prendas? Para que serve sermos lembrados apenas uma vez por ano? Vale a pena andar iludido em saber quantas prendas se irá receber, quantos favores se fizeram durante o ano, para nesta data receber tantas prendas como favores?

Quantas prendas são oferecidas sentindo-se na obrigação de dar algo a alguém pelo que a outra pessoa nos fez durante o ano? Qual o sentido disso? Será esse o significado do Natal, de um conjunto de prendas e de promoções que vemos na rua?

O amor não é uma coisa para ser oferecida em prendas. Não nos lembramos na outra pessoa em prendas que oferecemos.

Lembramos-nos pelo que ela nos fez bem e continua a fazer, pela sua preocupação, pela sua dedicação, por aquilo que nos pode oferecer e que vem de dentro de nós.

Na minha opinião, se nos lembrarmos dessa pessoa no Natal como nos lembramos todos os dias, de igual forma, sem ter a sensação de que só estás a demonstrar algo nesse dia numa inútil prenda, então de certeza estás a dar-lhe a melhor prenda que podias dar, porque as pessoas especiais são lembradas todos os dias, não em dias especiais, não em ocasiões. Todos os dias são dias para dizer um amo-te, da maneira que se encontrar.

Por isso, hoje quero-te dizer mais uma vez que te amo, ainda mais do que ontem, e ainda mais do que antes de ontem, ainda ainda mais do que no Natal passado, e irei como em todos os dias, adormecer a sorrir, porque irei pensar em ti, no quanto significas para mim, no quanto és importante para mim. És a melhor prenda que a vida podia ter-me dado um dia, e mesmo estando longe de ti, agradeço todos os dias por teres aparecido na minha vida e te ter conhecido, és tudo que há em mim!

23 DEZ, 2016 0

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